Nossa relação não é mais a mesma: como não impor conexão e pertencimento?
Pesquisas e pensamentos sobre como lidar com as flutuações de energia das pessoas em uma relação ou dentro de comunidades
Oi, tudo bem?
Aqui é a Marcelle Xavier, iniciadora do Instituto Amuta, uma plataforma para transformar as relações através do design. Tudo que fazemos no Amuta é fruto de muito estudo, e criei esse espaço para compartilhar as pesquisas e o processo por trás dos conteúdos e práticas criadas no instituto.
Nas últimas semanas rolou uma pesquisa bem profunda por aqui em torno de um fenômeno comum nas relações e comunidades: nosso engajamento e nossas vontades não são iguais a do outro, e não se mantém em uma constante.
Quando a energia das pessoas na relação cai, o que será que posso fazer se minha intenção é nutrir esses relacionamentos?
A Marina Galvão compartilhou um post no Instituto amuta sobre o tema com a seguinte provocação: A “hiperconexão” de alguns, pode levar a desconexão de outros? Leia aqui.
Eu criei um modelo com base em 4 fases que observo nas experiências relacionais: lua de mel, vale da desilusão, zona da reclamação e subida da montanha. Nesse post compartilho sintomas e posologia para cada uma dessa pasta. Leia aqui.
O conceito de intimidade como subida da montanha é apresentado no livro Espírito da Intimidade da Sobonfu Somé, e me foi apresentado pela pesquisadora Aza Njeri. Dentro da lógica da subida da montanha, diferente da lógica que estamos habituadas, a relação não precisa começar do topo, e ela acontece através de uma subida progressiva que fazemos juntos, apoiando no crescimento um do outro. “Observe se um dos dois não está subindo sozinho, e porque. Às vezes ele não está afim de subir essa montanha, ou ele tem uma passada mais lenta, ou você está subindo sozinha porque não está interessada na subida dele. Isso ajuda muito a entender o que seu espírito quer como essa união”. No podcast Amor em Pauta faço uma entrevista com a Aza, escute aqui.
Nas minhas pesquisas encontrei esse post da consultoria de transformação cultural Nobl com uma reflexão de porque o engajamento de um time cai antes de melhorar. Segundo a Nobl, muitas vezes, os times já entraram na fase de normatização, e seguem normas improdutivas como não discordar abertamente, por exemplo. Para se tornar uma equipe de alto desempenho, eles precisam dar um passo atrás e aprender comportamentos mais saudáveis. Leia aqui (em inglês).
Dentre as referências que encontrei foi a da Pirâmide do Engajamento, uma teoria criada a partir da observação do engajamento em transformação social. Essa teoria é uma forma de conceituar o engajamento ativista como um processo em evolução, em que o engajamento de um indivíduo pode se intensificar ou relaxar ao longo do tempo . Leia aqui o artigo.
Para falar sobre a impermanência dentro das relações e de como os sentimentos flutuam, eu sou fã dos textos do Gustavo Gitti. Nessa pesquisa reli uma tríade de textos dele sobre porque casar por amor é uma péssima ideia. Leia aqui o meu preferido dentre os três.
E você? Tem alguma referência, historia ou pensamento para compartilhar sobre as flutuações de energia e engajamento dentro das comunidades e relações?
Até logo, beijos
Marcelle Xavier
Como eu amo e aprendo em cada um dos teus conteúdos! Pura vida e inspiração ♡